LOOSA
Vídeo de Divulgação LOOSA – 2021
O Laboratório de Optoeletrônica Orgânica e Sistemas Anisotrópicos (LOOSA) foi fundado em 2006, quando o Prof. Ivan H. Bechtold foi contratado como professor do Departamento de Física da UFSC. Em 2010 a Profa. Marta ER Dotto concursou no Departamento de Física e passou a fazer parte do grupo, em 2016 a Profa. Juliana Eccher foi contratada no Departamento de Física, após finalizar seu doutorado no LOOSA sob orientação do Prof. Ivan, e em 2021 o Prof. Leonardo N. Furini foi contratado no Departamento de Física e passou a integrar o grupo. O grupo é certificado no CNPq. Website here
2015 |
2017 |
As atividades de pesquisa do LOOSA são voltadas para o estudo de sistemas orgânicos, entre eles: moléculas pequenas luminescentes, cristais líquidos e polímeros/elastômeros, além de complexos organo-metálicos. O foco está na sua aplicação em dispositivos optoeletrônicos como OLEDs (organic light emitting diodes), OFETs (organic field effect transistors) e OPVs (organic photovoltaics). Também são investigados materiais biológicos para aplicação em biossensores e sistemas bioativos.
No caso dos cristais líquidos, a grande vantagem é que a propriedade de auto-organização do meio líquido-cristalino e a possibilidade de alinhamento por meio de tratamentos de superfície, efeitos térmicos, aplicação de campos externos (elétrico ou magnético) e incidência de luz, permite modificar e controlar as propriedades ópticas e eletrônicas destes materiais. Com isso, otimizando o funcionamento dos dispositivos e permitindo a elaboração de novos sistemas.
Com relação aos sistemas elastoméricos, utilizamos o látex natural obtido da seringueira e síntese de PU/PBDO para produção de membranas, fibras e esferas, visando investigar suas propriedades térmicas, mecânicas, ópticas e morfológicas. Também objetivamos a funcionalização destes sistemas através da incorporação de moléculas luminescentes e compostos de fósforo e cálcio, sendo estes últimos para fins de atividade biológica na regeneração de tecidos e liberação controlada de matéria.
Além disso, complexos orgânicos com íons de terra-rara, e complexos de metais de transição, têm sido investigados como camada ativa em OLEDs. Estes materiais apresentam forte emissão na região visível do espectro eletromagnético e seu desempenho é fortemente dependente dos métodos de preparação e estrutura do dispositivo. Com estes sistemas, estamos focando no desenvolvimento de dispositivos por métodos de baixo custo, como processamento das camadas do dispositivo através de deposição por solução e obtenção de luz branca para fins de iluminação.
Outra área de atuação é o estudo e desenvolvimento de biossensores voltados para aplicações atuais de interesse regional e nacional, como é o caso de toxinas aquáticas produzidas por cianobactérias presentes em rios, lagos e no mar. Estas toxinas podem contaminar diretamente a água ou os peixes e moluscos, e se ingeridas causar sérios danos à saúde humana. O objetivo é contribuir para a elaboração de sistemas de monitoramento eficazes e de fácil manuseio.
O estudo de quantum dots no que se refere a síntese, caracterização e aplicação em dispositivos eletrônicos é outra área de atuação. A grande vantagem destes sistemas é que as bandas de emissão para um mesmo material semicondutor podem ser controladas pelo tamanho da partícula (2 a 10 nm). Destaca-se ainda a alta foto-estabilidade, se comparada com semicondutores orgânicos em geral. Podem ser funcionalizados para interação seletiva com sistemas biológicos, conferindo-lhes novas aplicações como sondas em tratamentos tumorais e biossensores ópticos.
Muitos dos compostos utilizados nas linhas acima mencionadas são obtidos por intermédio de colaborações científicas com grupos de pesquisa em síntese química como: Prof. Hugo Gallardo (Dep. Química – UFSC), Prof. Aloir Merlo (Inst. Química – UFRGS), Prof. André Vieira (Dep. Química – UFBA) e Dr Harald Bock (CRPP, Univ. Bordeaux – França). A interação com grupos de síntese permite a obtenção de materiais inéditos e especialmente desenhados para propriedades de interesse.